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R Na Prática – Parte 8 – Elementos de Programação em Linguagem R

Tipos de Objetos: Factor

Dando seguimento ao nosso artigo anterior sobre os Elementos de Programação na Linguagem R, para descrever o objeto factor(), faz-se necessário introduzir as escalas de medida propostas por Stevens (1946). Segundo esse autor, as variáveis aleatórias podem ser subdivididas em contínuas e categóricas (Figura 6).

As contínuas podem ser medidas nas escalas: relacional e intervalar, enquanto as categóricas nas escalas: nominal e ordinal. A escala nominal representa a mais irrestrita atribuição de numerais (Stevens, 1946, p. 678). Por outro lado, a escala ordinal surge da operação de classificação por postos, em que um exemplo clássico é a escala de dureza de minerais (Stevens, 1946, p. 679).

Figura 6: Classificação das variáveis aleatórias, segundo Stevens (1946).

Na linguagem R, as variáveis categóricas medidas nas escalas nominal e ordinal são chamados fatores (Kabacoff, 2015, p. 29). A função factor() armazena os valores categóricos como um vetor de inteiros com [1..k] valores (ou seja, existem k variáveis nominais, sem repetição) e um vetor interno com as strings referentes aos nomes. A definição formal do objeto factor() se encontra na Tabela 5.

Tabela 5: Definição do objeto factor().

Veja um exemplo do objeto factor() a seguir, onde se tem o objeto chamado rochas. O factor(rochas) retornou os tipos de rochas e os “Levels: arenito calcario folhelho”, isto é, sem repetição. O vetor de inteiros retornou c(1,2,3,2,2) que corresponde ao vetor do objeto rochas c(“arenito”,”calcario”,”folhelho”,”calcario”,”calcario”).

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Referência bibliográfica

Kabacoff, R.I. 2015. R in Action. Shelter Island, Manning Publications Co. 579p.

Stevens, S.S. 1946. On the theory of scales of measurement. Science, 103(2684):  677-680.

Próximo Artigo Sobre Linguagem R

O próximo artigo irá tratar do tipo “array” que permite armazenar uma coleção de matrizes. Trata-se de uma estrutura necessária para armazenar várias propriedades medidas nas mesmas localizações.

Para conferir os artigos anteriores, acesse a pagina inicial de nosso site.

Escrito por Jorge Kazuo Yamamoto

Prof. Dr. Jorge Kazuo Yamamoto, fundador da Geokrigagem, é geólogo, foi pesquisador do IPT e docente do Instituto de Geociências da USP, onde se aposentou como Professor Titular do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental. Atualmente, atua como Professor Sênior do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo – Escola Politécnica – USP. É responsável pela disciplina “Métodos geoestatísticos” na Pós-Graduação do IPT – Investigação do subsolo: Geotecnia e Meio Ambiente. Dedica-se ao ensino de geoestatística, com ênfase no desenvolvimento de algoritmos e pesquisa de novas aplicações, tais como: variância de interpolação, cálculo da variância global de depósitos minerais e correção do efeito de suavização da krigagem. Ultimamente, seu interesse está voltado para o ensino e divulgação da linguagem R.

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