Teste do chi-quadrado em Linguagem R
Em uma seção estratigráfica, pode-se fazer observações da litologia em pontos igualmente espaçados. Por exemplo, a Tabela 1 apresenta uma sucessão estratigráfica onde foram verificadas as seguintes litologias: A) arenito, B) calcário, C) folhelho e D) carvão (segundo Davis, 2002, p. 168).
A codificação foi feita nas quatro litologias mencionadas que representam estados mutuamente exclusivos. Com esses dados, pode-se construir uma matriz de transição litológica que permite verificar o número de vezes que uma litologia é sucedida ou superposta por outra (Davis, 2002, p. 168). A matriz é obtida a partir da contagem das transições que ocorrem do topo para a base. Como há n=62 observações, tem-se 61 transições, conforme a Figura 1.
Dada a matriz de transição litológica, pode-se verificar a independência da sucessão litológica em uma coluna estratigráfica. Observe-se que a matriz de frequências de transição configura uma tabela de contingência com duas variáveis categóricas: De (uma litologia) e Para (outra litologia). A verificação da independência da sucessão litológica pode ser feita por meio do teste de hipóteses com base na estatística dp chi-quadrado.
O teste de hipóteses é executado pelo Script 5.28, conforme segue.
O resultado obtido mostra que há uma mensagem de atenção que a aproximação do chi-quadrado pode estar incorreta. As frequências esperadas foram calculadas manualmente pelo Autor e confirmados no R (x2$expected). A probabilidade obtida é muito menor que 0,05, que significa que se deve rejeitar a hipótese nula e aceitar a hipótese alternativa, ou seja, a sucessão litológica é dependente.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Davis, J.C. 2002. Statistics and data analysis in geology. New York, John Wiley & Sons. 638p.